De quando em vez
De quando em vez, me ponho a cismar, viajar, imaginar, pensar...
De quando em vez, me ponho a vagar por entre brumas para me redescobrir...
De quando em vez, me percebo menina com todos os sonhos do Universo...
De quando em vez, permito que o perfume das flores me inebrie a vida e adoce o olhar...
De quando em vez, sinto os tênues fios da vida a passear por entre meus dedos, sem tentar retê-los...
De quando em vez, liberto meu sorriso para que ele ilumine outros olhares...
De quando em vez, escuto atenta aos sussurros do vento que me ciciam tantas coisas...
De quando em vez, me permito me reconhecer, entendendo o que preciso fazer por aqui...
De quando em vez, visito os lugares mais escondidos do meu coração, para nunca me esquecer do que é preciso...
De quando em vez, segredo aos ventos meus sonhos e anseios, para que eles possam os transformar em realidade...
De quando em vez, deixo que os véus de Maya me envolvam completamente, para que possam reconstruir minhas ilusões...
De quando em vez, deixo minha mente vaguear, como se quisesse perceber-me muito além de mim mesma...
De quando em vez, a vida me toma de assalto e, ao me colocar em xeque, me faz recomeçar, reinventar-me...
De quando em vez, me dou conta de que a Vida, afinal, é apenas um “de quando em vez” face à eternidade da Alma...
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