Monday 19 October 2009

Somos apenas formas de percepção de nossa alma feitas para experimentarmo-nos. Experiência física, usada para alavancar nossa evolução. Evoluir nem sempre se faz pela alegria e pelo prazer, aliás, alegria e prazer são elementos do campo astral e evolução, de verdade, de alma, precisa se dar no campo mental.
Sentimos, é claro, pois seres sensoriais o somos, mas, este sentir não pode nos entorpecer a mente, fazer-nos esquecer que só através do avanço e exercício mental efetivamente crescemos enquanto personalidades e mais emitimos à nossa alma.
Um passo importante para adentrar o caminho de evoluir, é admitir que nada é para sempre, nem mesmo aquele amor imenso que parecem nos devotar... Sentimentos são, às vezes, armadilhas inteligentes... São flashes de felicidade instantânea, necessários para nos estimular a continuar a caminhar. Talvez, quando a percepção de que não seremos verdadeira e plenamente felizes aqui, encarnados, cair, apresentar-se-nos face a face, veremos quão fugazes são tais momentos e quanto, no mais das vezes nos custaram, seja a nível de sofrimento, seja a nível mesmo de manter mente desperta e em alerta...
Como manter a mente desperta? Como efetivamente despertá-la antes de mais nada? Como não deixar que sentimentos vazios mantenham um silêncio e um luto interno dentro de mim que embote meus pensamentos?
Não sei... Sou uma eterna aprendiz... Sei apenas que me deparo de quando em vez com questões assim e apenas me permito que elas criem morada em minha mente, deixando caminho aberto para que, em algum momento, eu encontre ou seja levada às respostas... Sei que tenho pactos firmados, que estou sempre acobertada e sendo observada. E isso me conforta, por mais responsabilidade que traga... Conhecimento requer responsabilidade... não me é permitido esquecer...
लूसिया हेलेना

Wednesday 14 October 2009

Duir

I came from distant mists

Twice, just to give you a name,

And my bless to stay with you,

For all time and spaces…

I shared my strength with you

And two strange abilities

Of carrying life’s cure in my arms,

And being deadly hurt, but survive…

In my shadows, anyone can find a rest…

Sorry, but I had gifted you with the same…

We might be totally broken, in pieces,

But our arms would always be open wide…

Trust me, I’m here, as always,

For twice in time, you, I’ve baptized…

I’ll be there for you whenever you need me

No matter if the whole world deserted you…

I just ask you one simple and small favor…

Don’t forget me and please, don’t let me be forgotten…

Keep your faith in Mother and Father…

And in all Nature, your place, my land, our Koad…

Duir

Eu vim das distantes brumas,

Duas vezes, apenas para lhe dar um nome,

E a minha benção para estar com você,

Por todos os tempos e espaços...

Eu dividi minha força com você

E duas estranhas habilidades,

De carregar a cura da vida em meus braços,

E ser mortalmente ferido, mas sobreviver...

Nas minhas sombras, qualquer um pode encontrar repouso...

Desculpe, mas eu presenteei você com o mesmo...

Nós podemos estar totalmente quebrados, em pedaços,

Mas, nossos braços estarão sempre bem abertos a quem precisar...

Confie em mim, eu estou aqui, como sempre,

Por duas vezes no tempo, você, eu batizei...

Eu estarei aí para você em qualquer tempo que você precise de mim

Não importa se todo o mundo abandonar você...

Eu apenas peço um simples e pequeno favor...

Não me esqueça e, por favor, não deixe que me esqueçam...

Mantenha sua fé na Mãe e no Pai...

E em toda Natureza, seu lugar, minha terra, nosso Koad...

Tuesday 6 October 2009

O tempo não é linear, já nos postulou a ciência... e, de uma hora para a outra, nos demos conta que o tempo passa de forma diferente para cada um de nós, dependendo da situação que estivermos vivenciando naquele momento.
Vivemos, sentimos, trabalhamos, choramos, amamos... Sempre com a sensação de tudo tem um início, um meio e um fim predeterminados e nesta ordem. Só que, sem a linearidade temporal, como saber se estamos no final ou no início de qualquer coisa?
Além disso, há muito nos desconectamos da Natureza e seus ciclos para medir nossos dias, tempos, vidas...
Os ciclos da Natureza continuam os mesmos... eu continuo a senti-los, como todas as Filhas da Deusa que vieram antes de mim sentiram... Continuo sendo desperta em meio a madrugadas pela plenitude da Lua, tendo sempre o desejo de tornar-me plena como ela, um dia, quem sabe e se Ela me permitir.
Os fluxos de energia continuam a fluir, nosso passear pela roda da terra, parando em cada trava, para refletir, celebrar, renovar...
Se os ciclos naturais não mudaram, por que, então, mudou o ritmo da vida?
Nós o mudamos... por simples incompetência para simplesmente continuar sentindo o pulsar suave da Mãe Terra, por estarmos querendo brincar de Deuses e reinventar a Humanidade, decidindo quem pode ou não viver, usando vidas em estado latente na tentativa insana de buscar imortalidade e, quem sabe, linearizar o tempo, fazendo-nos perder a Magia de criar um início no final de tudo ou um final para cada início...
O ritmo se acelerou e isso me assusta... Acelerou para terminar mais rápido esta experiência falha que somos nós animais simbológicos e não racionais, já que a racionalidade, comprovadamente, não é nosso atributo exclusivo?
Será que já desistiram dessa experiência que somos nós e estão nos direcionando o mais rapidamente possível a um fim desse homem simbológico que decidiu que poderia reinventar a vida, exterminar os Karmas que decidir e destruir a mesma Natureza que o criou e mantém?
Não sei... sei que sinto ondas de mudanças, ventos de renovação e prenúncios de novas alvoradas....
Quem estará aqui para ver tais alvoradas? Sinceramente, não sei. Alguns poucos escolhidos para recriar a vida e, quem sabe, fazer desabrochar uma humanidade que volte-se para os ritmos e ciclos da Natureza... finalmente!!

Thursday 1 October 2009


Por onde anda o amor?

Vocês já pararam para pensar ou observar o quanto estamos vivendo sem amor?
Em todos os lugares, o desamor impera, seja no trânsito, no trabalho, em casa... Para qualquer lugar que eu me viro, só vejo solidões... Sejam sozinhas ou acompanhadas.
As pessoas param para conversar e qual o assunto em pauta? O quanto estão vivendo sem amor! E, apesar de ver pessoas lindas, em todos os sentidos, tudo o que posso perceber é desamor, desencontros, solidão...
Na ânsia de encontrar ao menos um consolo, pessoas saem por aí, às escuras, sem exigências, numa caça frenética. Sim, porque esses encontros furtivos, momentâneos e tão somente carnais são apenas arremedos de encontros amorosos e lembram-me uma caçada desenfreada à raposa. Tal como a raposa, o amor é mais sagaz e se afasta desse cenário triste...
Até que ponto vale a pena se expor assim, degradar seu amor até o ponto de só aceitar migalhas? Acho que não vale sequer o pensamento a respeito...
Não sou uma daquelas moralistas medievas, em absoluto! Não faço aqui um ataque ao sexo como um todo e sim ao sexo casual, já que, na minha romântica forma de pensar, sexo só pode ser pleno e plenamente prazeroso com amor... Aliás, para mim, só tem sentido se for “fazer amor” e não simplesmente sexo...Pode até ser poderosa Arma de Magia...
Além do mais, digo isso mais como um ponto para reflexão, sem censuras em absoluto e sem preconceitos.
O ponto cardíaco desta reflexão é exatamente parar neste nosso acelerar incessante e pensar para onde foi o amor, ou melhor, para onde nós, em nossa ânsia de sermos globalizadamente modernos, expulsamos o amor de nossas vidas.
Sim, fomos nós quem o fizemos recuar e esconder-se, sabe-se lá onde... Com nossa mania de experimentar tudo e todas as formas possíveis de prazer, acabamos permitindo e nos permitindo coisas que fizeram o amor sentir pena de nós... E se foi...
Agora, ao procurarmos por ele, este mesmo amor está à espreita, a observar se já somos realmente dignos de o recebermos de volta... Será que já aprendemos a lição? Sinceramente, não sei... Talvez devêssemos ouvir, prestar mais atenção nas crianças e aprender com a pureza delas a voltar a amar sem nada pedir em troca...