Tuesday 6 October 2009

O tempo não é linear, já nos postulou a ciência... e, de uma hora para a outra, nos demos conta que o tempo passa de forma diferente para cada um de nós, dependendo da situação que estivermos vivenciando naquele momento.
Vivemos, sentimos, trabalhamos, choramos, amamos... Sempre com a sensação de tudo tem um início, um meio e um fim predeterminados e nesta ordem. Só que, sem a linearidade temporal, como saber se estamos no final ou no início de qualquer coisa?
Além disso, há muito nos desconectamos da Natureza e seus ciclos para medir nossos dias, tempos, vidas...
Os ciclos da Natureza continuam os mesmos... eu continuo a senti-los, como todas as Filhas da Deusa que vieram antes de mim sentiram... Continuo sendo desperta em meio a madrugadas pela plenitude da Lua, tendo sempre o desejo de tornar-me plena como ela, um dia, quem sabe e se Ela me permitir.
Os fluxos de energia continuam a fluir, nosso passear pela roda da terra, parando em cada trava, para refletir, celebrar, renovar...
Se os ciclos naturais não mudaram, por que, então, mudou o ritmo da vida?
Nós o mudamos... por simples incompetência para simplesmente continuar sentindo o pulsar suave da Mãe Terra, por estarmos querendo brincar de Deuses e reinventar a Humanidade, decidindo quem pode ou não viver, usando vidas em estado latente na tentativa insana de buscar imortalidade e, quem sabe, linearizar o tempo, fazendo-nos perder a Magia de criar um início no final de tudo ou um final para cada início...
O ritmo se acelerou e isso me assusta... Acelerou para terminar mais rápido esta experiência falha que somos nós animais simbológicos e não racionais, já que a racionalidade, comprovadamente, não é nosso atributo exclusivo?
Será que já desistiram dessa experiência que somos nós e estão nos direcionando o mais rapidamente possível a um fim desse homem simbológico que decidiu que poderia reinventar a vida, exterminar os Karmas que decidir e destruir a mesma Natureza que o criou e mantém?
Não sei... sei que sinto ondas de mudanças, ventos de renovação e prenúncios de novas alvoradas....
Quem estará aqui para ver tais alvoradas? Sinceramente, não sei. Alguns poucos escolhidos para recriar a vida e, quem sabe, fazer desabrochar uma humanidade que volte-se para os ritmos e ciclos da Natureza... finalmente!!

1 comment:

  1. Sinto que é preciso uma mudança, em qual proporção não sei... Mas é preciso, talvez algo súbito! Algo que nos tire do trivial, de tudo que nos foi forçado a seguir até aqui, desse sistema de coisas. Uma mudança de consciência, que possamos ver além das vitrines, dos holofotes, além da aparência, dos credos, das raças. Algo súbito, é o que tenho pensado, desejado, e sei que em breve há de encancarar!

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